Por que a educação Montessori funciona?
Provavelmente já ouviu falar sobre a pedagogia Montessori. Este método ainda é pouco difundido em Portugal, porém é aplicado de maneira bem-sucedida ao redor de todo o mundo, e agora começa a ganhar apoio e respaldo na educação nacional – inclusive junto aos órgãos governamentais.
A pedagogia Montessori possui peculiaridades que não são tão familiares ao público médio. Mesmo os professores e os educadores, atualmente, não têm vasto conhecimento a respeito desta pedagogia e dos seus benefícios.
Na Saber Ser Academia de Educação, utilizamos a pedagogia Montessori como base para o ensino de línguas e para outras atividades que desenvolvemos com crianças e adultos – como a arteterapia.
Talvez você não conheça ainda a fundo as características desta escola da pedagogia. Porém, vamos dar a si 5 excelentes motivos para que pesquise mais sobre a sua utilização e considere o que os seus filhos poderão ganhar ao frequentar escolas e cursos com esta abordagem.
A pedagogia Montessori não é “moda"
O método Montessori é uma abordagem pedagógica tradicional e desenvolvida em meados do século XX. A sua flexibilidade permitiu que os preceitos desta escola pudessem ser difundidos nos mais avançados sistemas educacionais do mundo, mesmo sem “rótulos".
Nos dias de hoje, a pedagogia Montessori possui representações nos cinco continentes e a sua filosofia de aprender a brincar e realizar atividades é parte quotidiana de sistemas de ensino como o finlandês e o sueco.
Escola primária Montessori em Milwaukee, nos Estados Unidos (Crédito: Flickr - KJJS)
Foco individual na criança
O método Montessori permite que os professores e os educadores criem estratégias de aprendizagem para grupos inteiros. No entanto, não elimina a possibilidade de atenção individualizada para as crianças.
Ao atender às necessidades particulares de cada criança, o educador Montessori evita o desinteresse e a falta de acompanhamento de alguns alunos mais dispersos ou entediados.
O objetivo é o de criar atividades para o grupo, mas permitir que cada criança possa participar do modo que pode, consegue ou prefere. As metas continuam a ser cumpridas, e todos de facto participam.
Diversão não é falta de rigor
Muitos críticos das metodologias pedagógicas afirmam de maneira contumaz que a “falta de rigor" é característica comum aos métodos ditos “alternativos".
Quando os educadores permitem às crianças gostarem das atividades que estão a realizar, isto não implica na falta de rigor. Tarefas e afazeres continuam a ser exigidos, mas as estratégias são definidas para que gerem interesse e curiosidade nos alunos.
Em busca dos “porquês"
Toda a pedagogia Montessori tem como objetivo principal despertar nos alunos a curiosidade para que busquem o “porquê" das coisas.
As crianças não “esquecem" das teorias durante o verão porque as férias são muito longas – mas sim porque não veem o significado daquilo que aprendem.
A pedagogia Montessori cria importância para o que é lecionado, oferecendo a teoria como uma resposta aos próprios ímpetos de curiosidade do estudante.
Oferecer ao estudante a teoria como resposta à sua própria curiosidade.
Independência é fundamental
Todos queremos criar os filhos para que sejam independentes e capazes de lidar com o mundo no futuro. A pedagogia Montessori está centrada no desenvolvimento de independência e senso crítico do aluno.
Há regras claras, mas também é permitido ao aluno caminhar além do que é exposto. A figura do educador assume um papel de mentor e guia, e deixa de lado o estereótipo do “chefe".
Os alunos aprendem a caminhar com as próprias pernas, observando aos pais e aos professores com olhos de admiração e respeito, e não de temor e desconfiança.
