Uma introdução à “pedagogia alternativa”

Sim, quando falamos em “alternativa", obviamente estamos a falar de tudo o que foge ao estabelecido e ao clássico. Contudo, no contexto da pedagogia alternativa, meter tudo num mesmo saco pode ser uma maneira de fechar os olhos a conceitos e estratégias de ensino que poderão ser usadas mesmo no contexto “oficial".
A pedagogia alternativa vem ganhando força em todo o mundo de uma forma generalizada, porém algumas correntes e métodos pedagógicos estão a receber mais atenção que outros.
Há métodos pedagógicos ditos alternativos que são organizados e aplicados conforme uma série de requisitos avaliados e supervisionados por entidades locais e internacionais (como nos casos dos métodos Montessori e Waldorf).
Em outros casos, a metodologia pode ser encontrada em escolas com características e linhas pedagógicas dominantes distintas, mais como apoio ao projeto existente do que como a sua pedra fundamental. Aqui estão conceitos relacionados a Paulo Freire, Piaget, Pestalozzi e tantos outros, bem como linhas ideológicas recentemente discutidas, como o chamado “unschooling“.
O que estes métodos têm em comum?
A pedagogia alternativa é uma alcunha utilizada para imensas linhas e teorias pedagógicas na atualidade. No entanto, esta generalização tem a sua razão: a grande maioria das linhas de pensamento que acompanham os métodos de pedagogia alternativa possuem atenção especial às componentes emocional, criativa e motora no desenvolvimento humano.
Não que os ditames da escola tradicional não observem às diversas componentes, porém as escolas alternativas oferecem abordagens diferentes no que se refere à educação emocional e social, além de possuírem particularidades relacionadas com faixas etárias específicas, como ocorre no modelo pedagógico dominante. Em sua maioria, esses métodos propõem um papel mais ativo por parte do aluno, que na pedagogia tradicional é geralmente visto como um sujeito passivo ou dependente no projeto pedagógico.
Por que a pedagogia alternativa está na “moda"?
Muitos em Portugal têm a impressão de que as linhas e correntes da pedagogia alternativa estão a ganhar propulsão no país por conta de alguma “moda". Outros creem que a deceção de alguns pais em relação ao sistema de ensino do país e seu processo de avaliação poderiam estar a reforçar a procura por outras abordagens educativas.
A grande realidade é que, se considerarmos as diferenças nos sistemas educativos e no ensino existentes entre a escola da época dos nossos pais ou avós e aquela que frequentamos, não deveria causar espanto a necessidade de mudança em discussão agora.
Um projeto pedagógico deve preparar o aluno para a sociedade e para o mundo, e uma vez que estes já não são os mesmos, por que haveria a educação de o ser?
Qual é a nossa proposta?
Há muito a se falar sobre a pedagogia alternativa e pouco a se explicar. Os pais, os professores, as escolas e mesmo as crianças precisam de saber mais sobre os métodos pedagógicos que estão hoje em discussão.
Empregamos, na Saber Ser Academia, a filosofia e o método Montessori no ensino de línguas, porém também fazemos uso de outras metodologias e estamos atentos às discussões que se travam sobre a influências destas novas correntes de pensamento na educação.
A nossa proposta é a de informar e educar a todos, com materiais que possam criar senso crítico a respeito dessas filosofias e fomentar opiniões embasadas e educadas sobre o processo de aprendizagem – e as mudanças que podem ou não ser feitas.
Convidamos a todos a acompanhar a nossa página – em breve iremos publicar uma série de artigos e e-books a este respeito.